Já imaginou ter disfunção erétil por andar de bicicleta?

No Brasil, pelo menos metade dos homens após os 40 anos poderá apresentar disfunção erétil; conheça 9 causas para o problema e saiba como reverter o caso

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, em 2018, aproximadamente 100 milhões de homens ao redor do mundo apresentavam problemas sexuais relacionados à disfunção erétil.

O número posiciona o caso urológico como a disfunção sexual mais comum entre o público masculino, o que afeta a autoestima e o desempenho sexual de milhares de homens ao redor do mundo.

A disfunção erétil é a incapacidade do homem de conseguir produzir ou manter o pênis ereto pelo tempo necessário para as atividades sexuais. As causas podem ser emocionais ou fisiológicas.

Para um diagnóstico adequado, é fundamental procurar um urologista, que vai avaliar cada caso de maneira personalizada e oferecer as melhores orientações.

9 causas pouco conhecidas da disfunção erétil

  1. Apneia do sono

Um dos principais vilões para a saúde sexual masculina é a apneia obstrutiva do sono, uma disfunção respiratória percebida durante o sono. 

Indivíduos com esse diagnóstico podem sofrer de paradas respiratórias por segundos ou até minutos enquanto dormem ou não conseguem respirar profundamente.

Pesquisadores identificaram uma correlação entre a apneia do sono e disfunções sexuais, como a disfunção erétil.

Em um paper de 2009, pesquisadores descobriram que 70% dos homens com apneia do sono também apresentavam algum grau de impotência sexual.

  1. Deficiência de vitamina D

A vitamina D auxilia na absorção de cálcio, na manutenção óssea e muscular do corpo humano. Incluindo respostas musculares e do sistema imunológico. Por isso, a relação com a função erétil (uma resposta muscular ao estímulo erótico e sensorial).

A deficiência de vitamina D, além de afetar as outras funções, também interfere no papel erétil muscular do pênis.

Para manter os níveis desse nutriente regulados, é importante se expor ao sol diariamente e ingerir boas fontes de gordura, como a gema do ovo, peixes oleosos e cogumelos.

  1. Lesões pélvicas prévias

Qualquer lesão anterior na região íntima pode interferir nas respostas eréteis dos homens, como quedas ou traumatismos. Tais problemas são capazes de danificar a circulação nervosa e sanguínea da região.

Uma lesão que pode ser desconhecida entre muitos homens é a Doença de Peyronie, um tipo de fratura peniana que pode diminuir o tamanho do órgão genital e entortá-lo. O Peyronie é resultado do acúmulo de fibroses, que comprometem a expansão regular do tecido peniano, além de afetar na curvatura normal do membro, deixando-o progressivamente torto e causando fortes dores.

Quando a doença se encontra na fase inflatória, o tratamento pode ser feito com o uso de medicamentos orais ou injetáveis. Mas, nos casos em que o Peyronie evolui para a fase cicatricial, é indicada a abordagem cirúrgica, com a realização de técnicas específicas, como a Técnica Egydio.

Esse procedimento visa corrigir a curvatura do pênis por meio de uma série de incisões e pontos cirúrgicos estrategicamente colocados para remodelar o tecido fibroso que causa a curvatura.

  1. Excesso de pornografia

O consumo excessivo de materiais pornográficos causa a dessensibilização de algumas regiões do cérebro responsáveis por construir as respostas aos estímulos sexuais. Homens que consomem muita pornografia podem sentir mais dificuldade em produzir ereções, sentir orgasmos e até mesmo estimular a parceira(o) na hora H.

  1. Uso excessivo de bicicleta

A prática frequente do ciclismo também pode causar prejuízos físicos para a área genital. Isso acontece porque, conforme a posição do corpo, o selim tende a comprimir o períneo, região que fica entre o pênis e o ânus.

Nessa região, passa uma rede de artérias e nervos responsáveis pela irrigação e sensibilidade do órgão genital. Assim, dependendo de como é o banco da bike e o tempo que o ciclista fica nele, a oxigenação e a condução de impulsos elétricos fundamentais para a ereção são prejudicados

  1. Excesso de álcool

Beber álcool em excesso prejudica diferentes funções motoras do organismo. O álcool tem efeito inflamatório para o corpo, alterando o papel regulatório dos órgãos como fígado e rins.

Em excesso, ele também interfere no sistema imunológico, altera os padrões de circulação sanguínea e a sensibilidade física, o que atrapalha na produção de ereções saudáveis.

  1. Uso de medicamentos 

Todo medicamento possui efeitos colaterais, alguns que interferem diretamente nas respostas eréteis, como os remédios para tratar pressão arterial elevada, depressão e ansiedade. 

No caso dos medicamentos para saúde emocional, há uma alteração bioquímica que pode diminuir os níveis de desejo sexual e libido.

  1. Excesso de peso abdominal

A obesidade é um problema de saúde que, além de interferir na autoestima das pessoas, cria propensões para o desenvolvimento de outros problemas mais graves como hipertensão, asma, diabetes, dificuldades para dormir e mobilidade reduzida.

A disfunção erétil é também uma reação ao excesso de gordura, que interfere nos níveis de produção hormonal da testosterona, que entre outras funções, cumpre papel importante na resposta erétil masculina.

  1. Estresse financeiro

Alterações emocionais intensas criam reações corporais, afinal o corpo também responde ao que acontece no campo da saúde emocional. No caso dos homens, um dos problemas mais comuns e que mais causam estresse são de origem financeira.

Socialmente, ainda existe uma expectativa muito forte de que o público masculino seja o provedor material da casa e quando eles não conseguem atender essa demanda, há bastante frustração e estresse.

Autor Julianna Santos

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Também é certificada em Inbound Marketing pelo HubSopt Academy.

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