Janeiro Verde: como prevenir o câncer de colo de útero

Neste início de ano, temos o janeiro verde, o mês de prevenção ao câncer de colo de útero. O objetivo é ampliar o conhecimento da população brasileira sobre um dos principais tipos de câncer no Brasil entre as mulheres, que é prevenível, diagnosticável e, principalmente, curável na grande maioria dos casos em que é descoberto precocemente.

Excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical,  é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres.

Segundo Clarissa Willets, Médica de Família e Consultora da Kipp Saúde, o câncer de colo de útero é causado pela infecção por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), que é muito frequente, mas que normalmente não causa doença.

“HPV é o nome de um grupo muito comum de vírus. A maioria das pessoas terá contato com algum vírus do HPV na vida. É supercomum e ninguém deve ter vergonha disso. A transmissão ocorre pelo contato pele a pele com outra pessoa na área genital e não apenas no sexo com penetração”, explica.

Ainda de acordo com a médica, alguns tipos de HPV, os chamados HPV de alto risco, podem causar câncer de colo do útero. “Na maioria das vezes, seu corpo irá se livrar do HPV sem causar nenhum problema ou sintoma. Mas em alguns casos, ele pode permanecer no corpo por um longo período. Se um HPV de alto risco permanecer no corpo por muito tempo sem ser detectado e tratado, ele pode causar modificações nas células de seu colo do útero. Essas alterações podem gerar um câncer”, continua Clarissa.

Segundo Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas devem adquirir o Papilomavírus Humano em algum momento de suas vidas.

Prevenção do Câncer de Colo do Útero

Assim como muitas doenças, o câncer de colo do útero pode ser evitado. “Este é um câncer muito frequente em mulheres e é altamente prevenível! Ele corresponde a 7,5% dos cânceres que aparecem em mulheres em um ano e causa 6% das mortes por câncer em mulheres”, diz Clarissa.

Fazer o exame conhecido como papanicolau é uma das melhores maneiras de se proteger do câncer de colo de útero, mas tomar a vacina contra o HPV e usar preservativo também são indicados. “Programas de rastreamento podem reduzir muito o aparecimento e as mortes por câncer de colo do útero. Segundo a OMS, se 80% de uma população de mulheres fizer o exame e for adequadamente tratada, é possível reduzir em 60-90% a incidência de câncer invasivo nesta população”, comenta a médica.

O exame citopatológico, ou papanicolau, é indicado para qualquer pessoa com colo do útero com idade entre 25 e 64 anos e que já teve atividade sexual. “É importante desmistificar este exame e entender que ele é simples e muito importante, mas não precisa ser feito todo ano. Se for detectada alguma lesão, pode ser que o médico indique repetir com menor intervalo, mas nos casos em que o rastreamento vem normal, o exame pode ser repetido entre dois e três anos”, explica.

Já a vacina do HPV está disponível gratuitamente nos postos de saúde, em 2 a 3 doses, para meninas e meninos de 9 a 14 anos; e crianças e adultos dos 9 a 45 anos que tenham HIV ou AIDS, ou que receberam transplante de órgãos ou de medula óssea, além de pessoas em tratamento contra o câncer.

Esta vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Tratamento do Câncer de Colo de Útero

O diagnóstico precoce e tratamento das lesões precursoras é fundamental para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino.

A confirmação do diagnóstico é feita por meio de exames laboratoriais e o tratamento dependerá da extensão, grau das lesões e estado geral de saúde da paciente, podendo incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Autor Julianna Santos

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Também é certificada em Inbound Marketing pelo HubSopt Academy.

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