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Espetáculo Aquário com Peixes conta história de amor e conflitos entre casal de mulheres

Com texto de Franz Keppler, direção de Marcela Lordy e idealização da atriz Carolina Mânica, o espetáculo Aquário com Peixes é uma história de amor, mas também de embate entre duas mulheres completamente opostas – até nos signos.

Protagonizada por Carolina Mânica e Natallia Rodrigues, a montagem reflete ainda sobre perdão, passagem do tempo e liberdade. O espetáculo tem sessões sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h, e fica em cartaz até 11 de junho. A partir de 1º de junho sessões também às quintas, às 20h.

A história acompanha a promotora pública Anita (Carolina Mânica) e a astróloga Lídia (Natallia Rodrigues) autêntica pisciana, exageradamente sensível e emotiva. É essa intensidade que encanta a aquariana Anita e a desperta para viver sua primeira relação com uma mulher, aos 40 anos e após se divorciar do marido.

O público acompanha a descoberta que uma faz do mundo da outra e o florescer dessa paixão que precisa abraçar e contornar as diferenças.

Esse encontro é um convite à reflexão sobre viver e amar, diz Keppler. “A personagem percebe que a vida não é essa coisa definida que a gente traz com a gente por educação. A vida não tem critério, ela pode estar de um jeito hoje e outro completamente diferente amanhã. Então por que não o amor? A peça fala que o amor pode mudar, ser diferente, encontrar outras formas e ser fluido. Ele pode tudo”. 

No meio dessa história, Lídia descobre uma enfermidade com baixas chances de recuperação. Então, Anita se vê diante do dilema de enfrentar essa doença ao lado da companheira ou seguir seu caminho sozinha.

A personagem questiona a si mesma – e a plateia – até que ponto somos responsáveis pela pessoa com a qual compartilhamos momentos fantásticos da vida.

Anita e Lídia apresentam muito mais que uma história de paixão e desafios. Elas também expõem o despertar de um desejo homoafetivo, a passagem do tempo para as mulheres que ainda é uma ferramenta de opressão social e impulsiona o desejo de liberdade na maturidade, o medo da morte e o autoperdão

Para Mânica, qualquer pessoa pode se identificar com os dilemas das personagens. “É uma história muito potente que nos leva para muitos caminhos. O espetáculo é super poético, mas tem momentos de humor em que você dá risada com as duas, tem momentos de extrema tristeza. Ele vai transitando por todas essas sensações”, conta a atriz. 

Segundo Marcela, diretora do espetáculo, este é mais um mérito do autor: “o fato de conseguirmos entrar na pele das personagens e compreendermos suas escolhas, sem julgá-las. O que é vivido ali pode ser experimentado por qualquer um de nós, independente do gênero, identidade sexual, etnia ou classe social.”

A urgência de viver a própria história e não de servir às histórias dos outros é um sentimento que une as pessoas. “Essa urgência existe em todo mundo. Em alguns, mais latente. Em outros, mais adormecida. E estava adormecida na Anita. Ela estava tão preocupada em cuidar do trabalho, do filho e do marido que a urgência dela estava focada nisso. Mas quando ela faz 40 anos, se depara com um monte de questionamentos sobre a vida, o que fez com o tempo que passou e o que fazer com o que ainda resta. E claro que esse questionamento vem um pouco de nós quando escrevemos, a gente fica mais pensativo”, conta Kepler.

Conforme a narrativa avança fora de cronologia somos levados por dois fluxos de pensamentos simultâneos guiados por pistas emocionais distintas. São diálogos internos num jogo telepático entre medo, desejo, projeção e memória. 

O caminho da direção foi pautado pela sutileza ao invés do drama para mostrar os embates dramáticos o suficiente, segundo a diretora. O tempo e o espaço mais indefinidos abriram possibilidades para a exploração cênica.

“Esteticamente, achei muito desafiador porque o texto quase não tem rubrica de ação, é um jogo de pensamento muito difícil de adaptar. Você tem mil formas de interpretar: fazer tudo no presente, tudo na memória, misturar os tempos. É uma loucura, e eu falei: putz, que difícil, então eu quero”, diverte-se Marcela que recém adaptou para o cinema um romance de Clarice Lispector que é puro pensamento. 

O cenário é composto por uma divisória translúcida, como um vidro, entre as personagens para materializar esse rompimento. “Esse elemento divisor de ambientes é também um aquário. A cenografia estilizada é mais conceitual e o mesmo objeto pode ter diversos usos. Optamos por uma estética mais limpa para garantir que se possa prestar atenção no jogo de palavras”, conta a diretora. 

A iluminação vai ajudar a contar essa história visualmente marcando o tempo das ações. A trilha sonora original criada por Edson Secco, compositor de dezenas de filmes e peças parceiro de longa data da cineasta, traz na construção sonora elementos cotidianos dos espaços físicos por onde transitam no tempo ações reais e imaginárias. 

A história de Anita e Lídia não se encerra no teatro: ela já está sendo adaptada para o cinema, com idealização de produção de Mânica. A temática de mulheres acima de 40 anos e suas descobertas também vai dar origem a um podcast.

Ficha técnica:

Autor: Franz Keppler. Direção: Marcela Lordy. Idealização: Carolina Mânica. Diretora assistente: Ziza Brisola. Atrizes: Carolina Mânica e Natallia Rodrigues. Fonoaudióloga: Ana Maria Parizzi. Cenário e Direção de Arte: Fernanda Carlucci e Fernando Passetti. Assistência de Cenografia: Guilherme Françoso. Figurino: Fábio Namatame. Modelista Juliano Lopes. Produção de figurino: Carol Zilig. Costureiro: Fernando Reinert. Visagismo: Louise Helene Desenho de luz: Cesar Pivetti. Programador de luz: Luiz Fernando. Equipe de iluminação: Ricardo Oliveira Luiz Fernando. Desenho de som: Edson Secco. Operação de som: Aghata

Fotografia: Alê Catan. Assistente de fotografia Rafael Sá e Zé Moreau. Identidade Visual: Julio Dui. Criação de conteúdo e mídias: gaTú Filmes. Produção: Nosso cultural. Direção de Produção: Ricardo Grasson. Produção Executiva: Heitor Garcia. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes.

Serviço:

Espetáculo Aquário com Peixes

Estreia dia 19 de maio de 2023, sexta-feira, às 20h, no Teatro Sesc Santana.

Temporada: De 19 de maio a 11 de junho. Sextas e sábados às 20h e domingos às 18

A partir de 1º de junho. Quinta a sábados às 20h e domingos às 18h.

Duração: 70 minutos.

Classificação etária: 12 anos.

Teatro Sesc Santana

Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Santana, São Paulo – SP, 02085-100

Capacidade: 330 lugares

Ingressos: R$40 (inteira), R$20 (meia-entrada) e R$12 (credencial plena).

* Grátis nas sessões da Virada Cultural.

https://www.sescsp.org.br/programacao/aquario-com-peixes/

Autor Julianna Santos

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Também é certificada em Inbound Marketing pelo HubSopt Academy.

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