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Dia do Homem: cuidados com a próstata

Nessa segunda, dia 15 de julho, é Dia Internacional do Homem. Vamos falar da próstata? Não a ignore, porque ela é o “segundo coração” de um homem! Veja porque na matéria de hoje.

A próstata é uma glândula presente no organismo masculino, do tamanho de uma noz. É responsável pela produção do líquido seminal.

Ela cresce pouco até a puberdade, quando passa a sofrer influências mais intensas do hormônio masculino (testosterona). Alcança seu tamanho normal, em torno de 15 a 20 gramas, por volta dos 20 anos.

Já está provado que seu crescimento está relacionado com o envelhecimento. Existem três doenças muito frequentes que acometem a próstata, conheça cada uma delas.

Doenças de Próstata 

Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB):

Por volta dos 45 anos, a próstata tende a aumentar naturalmente de tamanho. Esse processo é chamado de Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB).

Essa condição atinge cerca de 14 milhões de brasileiros de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia. E pode causar obstrução parcial ou totalmente da uretra, sendo, por isso, considerada uma doença.

MUITO frequente, essa condição prejudica a qualidade de vida do homem, afetando sua rotina e também a vida sexual.

O Professor Dr. Francisco Cesar Carnevale, médico da CRIEP – Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa, destaca que dados recentes da OMS sugerem que a HPB ocorra em 1/4 dos homens com 50 anos de idade. Além de estar presente em 1/3 daqueles com 60 anos. Crescendo para a metade dos homens que têm 80 anos ou mais.

Dentre seus principais sintomas, estão:

  • a dificuldade para urinar,
  • a necessidade frequente e urgente de urinar,
  • o aumento da micção noturna,
  • a constante sensação de não esvaziamento completo da bexiga, entre outros.

A HPB é considerada uma doença, por conta das consequências que traz para o bem-estar do paciente.

Mas pode ser tratada por meio de um método minimamente invasivo: a chamada Embolização das Artérias Prostáticas (EAP). Essa técnica é realizada por via Endovascular para reduzir o fluxo de sangue da glândula.

Câncer de próstata:

Chega a atingir em torno de 16% dos homens. Sendo que e a sua frequência aumenta com a idade.

Quando diagnosticado nas fases iniciais, a cirurgia ou a radioterapia podem curar o câncer da próstata.

Porém, em fases mais avançadas não existe cura. Nesses casos, o câncer pode ser neutralizado e permanece inativo quando se bloqueia a ação do hormônio masculino (testosterona).

A testosterona tem ação sobre o crescimento da próstata e esta pode ser bloqueada por meio de de injeções. Ou até mesmo pela castração cirúrgica do portador de câncer avançado da próstata.

Por isso, o exame periódico do homem com o urologista é extremamente importante, já que  o câncer da próstata não apresenta sintomas nas fases iniciais.

Portanto, o diagnóstico precoce e a possibilidade de cura só existem quando se faz exames rotineiros. Pelo menos uma vez ao ano.

Prostatite:

É bastante comum e chega a atingir quase 30% da população masculina. Ela é muito comum na forma crônica.

Geralmente é assintomática, mas, quando dá sintomas, os mais frequentes são:

  • ardor ou queimação ao urinar ou um desconforto junto ao orgasmo,
  • esperma de cor amarelada,
  • vontade frequente para urinar, etc.

Quando cai a resistência física dos homens, a prostatite se exacerba e aparece de uma forma bastante aguda. Provocando:

  • febre alta,
  • queda do estado geral
  • e sintomas típicos de infecção urinária, como ardor ao urinar e micções extremamente frequentes.

As principais causas de prostatite no homem são:

  • após as uretrites, como a gonorreia,
  • após relacionamentos com parceiras com infecções ginecológicas
  • e ainda após relação anal sem preservativo.

O tratamento é feito com antibiótico e por um período mais longo do que os tratamentos habituais.

Após o tratamento, o paciente necessita ficar atento. Os sintomas da prostatite aguda podem voltar sempre que houver uma queda da resistência do homem portador da prostatite crônica.

Exame revela câncer de próstata até cinco anos mais cedo

Pesquisadores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, desenvolveram um teste de urina capaz de diagnosticar o câncer de próstata e prever se os pacientes necessitarão de tratamento até cinco anos mais cedo do que os métodos clínicos atualmente utilizados.

Os resultados, publicados na BJU International, a revista científica da Associação Britânica de Cirurgiões Urológicos, revelam que o exame, denominado PUR (Prostate Urine Risk), que ainda está em fase experimental, também identifica homens que são até oito vezes menos propensos a precisar de tratamento nos próximos cinco anos após o diagnóstico.

Espera-se que, com estas descobertas, seja possível evitar um grande número biópsias iniciais desnecessárias. Assim como outros procedimentos invasivos em pacientes de baixo risco.

Para o professor Shea Connell, pesquisador principal do estudo, atualmente ainda é muito difícil identificar, no momento do diagnóstico, quais homens precisarão de tratamentos radicais.

Diagnóstico e tratamento

A prática atual avalia:

  • os níveis de antígeno prostático específico (PSA) do paciente,
  • a biópsia da próstata
  • e a ressonância magnética.

No entanto, até 75% dos homens com níveis aumentados de PSA são negativos para o câncer de próstata na biópsia.

Enquanto isso, 15% dos pacientes que não têm níveis aumentados de PSA, apresentam câncer de próstata. Sendo que mais de 15% dos casos são de tumores agressivos.

Segundo o Dr. Marcelo Lorenzi Marques, médico urologista do Centro Integrado de Urologia (CIU), esta nova descoberta pode representar uma forma de combater esta dificuldade de identificação dos pacientes. Além de reduzir biópsias e outros exames desnecessários.

Estas vantagens serão possíveis pelo fato do PUR ser capaz de diferenciar o paciente sem câncer de próstata, daquele que desenvolveu a doença com baixo risco e dos que têm uma doença que deve ser tratada o quanto antes.

De acordo com os pesquisadores, no entanto, há uma necessidade considerável de testes adicionais mais precisos.

 

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Autor Julianna Santos

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Também é certificada em Inbound Marketing pelo HubSopt Academy.

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