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De 9 a 20/11 – Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade em São Paulo

Público poderá conferir 119 filmes de 35 países, Experiências XR da França, Holanda, Taiwan, China e Chile, espetáculos teatrais inéditos, shows, literatura e workshops

Celebrando “Toda Forma de Existir”, o Festival Mix Brasil, maior evento cultural dedicado à diversidade da América Latina e um dos maiores do mundo, chega a sua 30ª edição ocupando oito espaços culturais de São Paulo.

Com uma programação majoritariamente presencial, o evento inova mais uma vez, incluindo em sua programação experiências de realidades estendidas.

De 9 a 20 de novembro, o Festival traz 119 filmes de 35 países e de 12 estados brasileiros, experiências XR vindas da França, Holanda, Taiwan, China e Chile, 6 espetáculos teatrais inéditos, shows musicais, literatura, performances, palestras e workshops sobre temas relevantes para comunidade LGBTQIA+, Show do Gongo, além de homenagear com o prêmio Ícone Mix a artista multimídia Linn da Quebrada.

O Festival abrirá no dia 9 de novembro para convidados com o filme brasileiro “Três Tigres Tristes” de Gustavo Vinagre, vencedor do prêmio Teddy de Melhor longa no Festival de Berlim e inédito em São Paulo.

A abertura também contará com a première do “Projeto Flâneur #Experimento nº1” – que levará o público a flanar pelas histórias das minorias LGBTQIA+ pelo centro da cidade de São Paulo, mesclando as instalações em realidade virtual e aumentada com performances presenciais.

Cena de “Três Tigres Tristes”

Cinema

O Panorama Internacional traz títulos, a maioria inéditos no Brasil, de diretores e atores que tiveram suas obras premiadas e selecionadas nas últimas edições dos festivais de Cannes, Berlim, Sundance, San Sebastian, Locarno, Tribeca, Toronto e Frameline.

Entre os destaques estão “Close” de Lukas Dhont, que estará presente no Festival – seu filme foi o vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes e indicado da Bélgica ao Oscar; “Algo Que Você Disse Ontem à Noite” de Luis De Filippis, levou o prêmio Sebastiane do Festival de San Sebastian; “Túnica Turquesa” de Maryam Touzani, Prêmio Un Certain Regard no Festival de Cannes, “Nelly & Nadine” de Magnus Gertten, vencedor do Teddy de Melhor Documentário em Berlim, conta a história real de duas mulheres que se conheceram em um campo de concentração; e “Girl Picture”, Prêmio do público em Sundance e indicado da Finlândia ao Oscar 2023.

Cena de “Girls Picture

Já “Fogo-Fátuo”, exibido na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes; e “Winter Boy”, seleção oficial do Festival de Toronto, são os novos filmes do português João Pedro Rodrigues e do francês Christophe Honoré, respectivamente.

Na lista dos internacionais ainda estão “Sublime” de Mariano Biasin, eleito o melhor filme Latino em San Sebastián; “Antes Que Eu Mude de Ideia” de Trevor Anderson, melhor atuação para Vaughan Murrae no Festival de Locarno; “Casa Susanna” de Sébastien Lifshitz, seleção oficial de Veneza; “The Five Devils” de Léa Mysius, protagonizado pela atriz francesa Adèle Exarchopoulos (de “Azul É a Cor Mais Quente”) e seleção oficial do Festival de Cannes; “O Amor” de Shariff Nasr, Seleção oficial do Frameline; e “Objetos não Identificados” de Juan Felipe Zuleta, prêmio do público no Outfest Los Angeles.

Cartaz do filme “Casa Susanna

Brasileiros

Amazonas, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo representam a cinematografia nacional nos oito longas e médias que compõem a Mostra Competitiva.

Os títulos concorrendo ao Coelho de Ouro de melhor filme brasileiro são: “A Filha do Palhaço” de Pedro Diógenes, prêmio melhor atuação no Cine Ceará; “Germino Pétalas no Asfalto” de Coraci Ruiz e Julio Matos, melhor trilha sonora no Festival Guarnicê; “Paloma” de Marcelo Gomes, melhor longa da Première Brasil no Festival do Rio, “Panteras” de Breno Baptista, seleção oficial do Queer Lisboa; “Regra 34” de Julia Murat, vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno; “Transe” de Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor, “Três Tigres Tristes” de Gustavo Vinagre; e “Uýra – A Retomada da Floresta” de Juliana Curi, eleito pelo público como melhor documentário no Frameline.

Cena de “Uýra – A Retomada da Floresta”

Já na programação de curtas-metragens, poderão ser assistidos filmes das cinco regiões do Brasil. Na Mostra Competitiva de Curtas, são 14 filmes de diversos estados, trazendo um retrato dinâmico da viva e efervescente produção brasileira de curta-metragem.

Outros trabalhos nacionais e estrangeiros compõem os 12 programas de curtas divididos pelos temas: “Campos de Batalha”, “Comedy Queers”, “Contos da Pérsia”, “Corações Indomáveis”, “Descolonize Minha Corpa”, “Gen Z”, “Lesbianas”, “Pais, Mães e Filhes”, “Pele Selvagem”, “Sweet & Sour” e “Crescendo com a Diversidade”, este último destinado ao público de todas as idades. Os curtas da Competitiva Brasil estarão disponíveis online no Sesc Digital a partir de 14 de novembro.

“Descolonize Minha Corpa”

A Spcine participa do 30º Festival Mix Brasil promovendo o MixLab SPcine – com mesas, workshop e um bate-papo com o cineasta belga Lukas Dhont – que discute suas ideias sobre o cinema e seu processo criativo em uma conversa com jovens realizadores brasileiros dentro do MixLab Spcine.

Toda a programação será na Biblioteca Mário de Andrade. A parceria com a Spcine também é representada por alguns títulos dos programas Queer.doc e Reframe que serão exibidos dentro da plataforma Spcine Play (www.spcineplay.com.br), de 14 a 23 de novembro.

Experiência XR – Realidades Estendidas

Ao completar 30 anos, o MixBrasil inclui na sua programação experiências XR de realidades estendidas. Essas imersões, as primeiras LGBTQIA+ XR já realizadas na América Latina, vêm da França, Holanda, Taiwan, China e Chile e ganham instalações específicas no Festival.

Os visitantes vivenciam experiências que misturam diferentes linguagens e recursos tecnológicos que tratam para tratar de temas como parentalidade pós-humana, transhumanismo, prazer feminino e diferentes identidades de gênero.

Entre elas estão “Projeto Flâneur #Experimento nº1” que conta com ações interativas e imersivas, levando o público a flanar pelo centro da cidade de São Paulo; “Parentalidade Pós-Humana em Realidade Híbrida”, experiência transmídia que convida casais ou solteiros à ‘procriar’ digitalmente em uma clínica pós-humana usando Inteligência Artificial e simulação visual; “Lady Sapiens – The Experience”, uma viagem no corpo de uma mulher caçadora da era paleolítica; “Lips” convida o público a entrar em um corpo feminino para despertar seu desejo, por meio de toques privado e “No Vapor”, em uma sala cheia de neblina, silhuetas de homens, sozinhos, em pares ou em grupos, abandonam-se à exploração de sua sexualidade.

“Parentalidade Pós-Humana em Realidade Híbrida”

Ainda no campo tecnológico, o evento traz a mostra de NFTs “Encruzilhada Blockchain” – que reúne artistas LGBTQIA+ de práticas distintas no campo das artes: de carnavalescos a artistas olfativos, passando por escultores digitais, cineastas e performers.

Suas obras apresentam estados de transição, corpos tornando-se outros, paisagens naufragadas e distorcidas, passando do natural ao artificial, do digital ao analógico.

“Encruzilhada Blockchain”

Teatro e Show do Gongo

Há mais de 20 anos o teatro tem sido uma constante no Festival Mix Brasil. Este ano, seis espetáculos inéditos foram selecionados a partir do edital “Dramática” – valorizando a cena teatral LGBTQIA+ nacional.

São eles: “Útero de Eva” de Sophi Saphirah, no ultrassom, o médico e a mãe pensam que Evaristo é um menino. Ele revela ser Eva, e “Distrito T – Capítulo 1” de Ymoirá Micall, apresenta um recorte sobre um ambiente distópico, também conhecido como lugar nenhum, onde corpos dissidentes confluem ideias.

Completam a seleção as peças “Requiem de Guerra”de Giovana Lago e Don Giovanni, um jovem rapaz tem a delicadeza exorcizada de seu corpo, “Gênero Sapatão” de Natalia Mallo, “Chechênia: um estudo de caso” , parte das inúmeras notícias sobre a violenta política institucional contra homossexuais perpetrada pela Chechênia, “O Sacrifício de Cassamba Becker”, de João Victor Toledo, sobre uma grande atriz depauperada impecável que finalmente se aposentou e hoje chama de lar o lixão de alguma praia perdida Brasil afora.

“Chechênia: um estudo de caso”

As estreias acontecem entre os dias 10 e 15 de novembro no Teatro Sérgio Cardoso e serão disponibilizadas nas plataformas digitais do #Mix e #CulturaEmCasa (https://culturaemcasa.com.br/).

O tradicionalíssimo “Show do Gongo” – em que desapegados realizadores apresentam seus vídeos para o julgamento do público do Mix Brasil, cabendo à fabulosa Marisa Orth traduzir o anseio popular e decidir se os filmes serão gongados ou avaliados pelo júri, volta ao Centro Cultural São Paulo. A plateia mais enlouquecida do Brasil se reúne no dia 16 de novembro a partir das 20h.

Música, Literatura e Conversa

O Mix Music, primeiro festival de música voltado para o público LGBTQIA+ no Brasil, traz a cantora Assucena, depois de seis anos à frente da banda As Baías a artista apresenta seu show solo “Minha Voz e Eu”; Animais Obscenos, alia música, artes cênicas e performance, o show é parte integrante do espetáculo “História do Olho – Um conto de fadas pornô-noir”, e O Nascimento de Vênus, segundo disco ao vivo de Filipe Catto, marcando sua transição de gênero como uma pessoa trans não-binária e trazendo ao público também um filme/espetáculo/documentário.

O Nascimento de Vênus

O evento traz ainda o esperado Mix Music Novos Talentos no Centro Cultural São Paulo com a apresentação sempre divertida de Silvetty Montilla.

O Mix Literário completa cinco anos unindo autores queer de todo o Brasil. Para comemorar, nesta edição haverá um encontro presencial com a grande escritora-violinista Léonor de Récondo.

Com curadoria de Alexandre Rabello, a programação tem ainda Workshop de escrita criativa queer, lançamento do livro “Vagas Notícias de Melinha Marchiotti”, de João Silvério Trevisan, além de mesas com a participação de nomes fundamentais do mercado editorial nacional, autores e editores que discutem o lugar da comunidade LGBTQIA+ na produção literária, além de lançamentos editoriais e sarau.

Entre os destaques estão encontros e lançamentos sobre a edição revista e ampliada de “Seis balas num buraco só”, de João Silvério Trevisan, “Palavra de escritora, acadêmica e puta: fricções entre a confissão e a ficção” com a escritora argentina Camila Sosa Villada, “Cartas, segredos, confissões: a intimidade queer sob lente de aumento” com Stênio Gardel e André Mung, “Como contar para as crianças: a emergência de uma literatura infantil de temática queer” com Raphaela Comisso e Janaína Leslão e André Romano, além de outros encontros com escritores que a comunidade queer brasileira e internacional tem revelado e sobre obras que ensinam.

O Mix Talks traz debates sobre Realidade virtual LGBTQIA+, temas atuais e relevantes, como: “Encruzilhada Blockchain – Exu e a produção LGBTQIAP+ de NFTs”, “As Subjetividades como Atos Perfomáticos” e “Feminismo: Protagonismo Feminino na Esfera Digital”.

Com direção de André Fischer, direção executiva de Josi Geller e direção de programação de Cinema de João Federici, o 30º Festival Mix Brasil ocupa oito espaços culturais de São Paulo: CineSesc, Espaço Itaú Augusta – Salas 3 e 4, Centro Cultural São Paulo – Salas Lima Barreto e Paulo Emilio, salas do Circuito Spcine, MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Teatro Sérgio Cardoso e Centro Cultural da Diversidade.

Mas, o público de outros estados do Brasil não ficará de fora. A partir de 14 de novembro o Festival disponibiliza uma programação gratuita online.

Toda a programação do 30º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade poderá ser conferida no site mixbrasil.org.br e também através do Facebook: /FestivalMixBrasil, Instagram: @FestivalMixBrasil, Twitter: @fmixbrasil e Youtube: fmixbrasil. A programação online estreia a partir de 14 novembro e poderá ser assistida gratuitamente pelas plataformas do Sesc Digital (sesc.digital/home) e Spcine Play (spcineplay.com.br/).

O evento é uma realização da Associação Cultural Mix Brasil, Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e conta com a iniciativa da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Unilever, Mercado Livre, Itaú e Spcine e apoio do Sesc e Biblioteca Mário de Andrade.

Serviço

30° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade

9 a 20 de novembro

Gratuito, exceto as sessões do Espaço Itaú Augusta – valor único de R$20,00 em qualquer sessão.

Programação completa: mixbrasil.org.br

Locais: CineSesc – Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do cinema 1h antes do início da sessão. (CINEMA)

Espaço Itaú Augusta (salas 3 e 4) – Os ingressos começam a ser vendidos na bilheteria do cinema 1h antes do início da sessão. (CINEMA)

Centro Cultural São Paulo – (Salas Lima Barreto, Paulo Emílio, Adoniran Barbosa, Jardel Filho) – Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do espaço 1h antes do início da sessão. (CINEMA, MÚSICA, SHOW DO GONGO, PERFORMANCE)

Teatro Sérgio Cardoso – Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do espaço 1h antes do início da sessão. (Teatro)

MIS – Museu da Imagem e do Som – Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do espaço 1h antes do início da sessão. (EXPERIÊNCIA XR)

Biblioteca Mário de Andrade – (EXPERIÊNCIA XR, TALKS)

Cine Olido – (EXPERIÊNCIA XR).

*Para mais informações, consulte a bilheteria de cada espaço

Autor Julianna Santos

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Também é certificada em Inbound Marketing pelo HubSopt Academy.

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