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Baixa Libido, dor de cabeça e queda de cabelo? Você pode estar com Burnout!

A doença de Burnout muitas vezes é silenciosa e o indivíduo não percebe ou não se dá conta de que está vivenciando um problema, pois o Burnout pode se apresentar com sintomas diversos, sendo confundindo com outros tipos de doenças. 

Trata-se de uma patologia relacionada ao estresse no trabalho e ao estilo de vida de cada um, assuntos que têm tido cada vez mais evidência no Brasil e no mundo.

O médico cearense especialista em longevidade, André Guanabara, explica que o Burnout pode aparecer, por exemplo, no sistema gastrointestinal, em problemas com o sono, e até depressão. “É a fadiga do corpo e da mente pelo excesso de trabalho. Mulheres se sentem mais sobrecarregadas, pois é comum fazerem jornadas triplas. Às vezes, o ato de bater metas e tentar ser cada vez melhor, acaba levando ao Burnout e muitas vezes as pessoas sequer percebem”, diz.

Guanabara cita sintomas como dor de cabeça, libido mais baixa, ansiedade, queda de cabelo, manchas pelo corpo. “A doença pode ser identificada por meio do exame anamnese e exames laboratoriais e pelas endopatias ocasionadas pela doença que são o desequilíbrio das glândulas. Tudo isso é tratável, mas é preciso ter tratamento adequado, que começa com a terapia e mudança do estilo de vida, sendo muitas vezes preciso entrar com antidepressivo”, explica Guanabara.

O que é Burnout?

A expressão Burnout surgiu da frase “To burn out”, que em tradução livre do inglês significa “queimar por completo”, foi usada pela primeira vez em 1974, pelo psicanalista Herbert Freudenberger, que observou que o seu trabalho não lhe trazia mais prazer como antes, e que estava trazendo sensação de esgotamento e falta de estímulo em razão da falta de energia emocional. Foi ele que tambem criou um modelo de 12 estágios para visualizar o desenvolvimento desta síndrome com comportamentos típicos para cada estágio:

1. Ambição em excesso e necessidade de aprovação constante;

2. Trabalhar mais e acumular responsabilidades;

3. Negligenciar necessidades pessoais e sociais;

4. Reprimir conflitos, fugir dos problemas e sintomas;

5. Revisão de valores;

6. Negação do problema, impaciência e irritabilidade com o outro;

7. Afastamento, redução de contatos sociais;

8. Mudanças de comportamento;

9. Despersonalização, perder o contato com si mesmo(a), entrar no piloto automático;

10. Vazio interno, comportamentos compulsivos;

11. Sintomas de depressão;

12. Burnout.

Burnout passou a significar aquele que chegou ao seu limite, com grande prejuízo no desempenho físico e emocional. A doença é, portanto, caracterizada por sintomas graves de exaustão emocional.

Em 2022, a Síndrome de Burnout foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como uma patologia. O distúrbio psíquico passou a integrar a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11) na categoria de doença do trabalho.  

Brasil é o segundo país com mais casos de Burnout

Segundo dados de pesquisa realizada em 2021 pela faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, 18% das pessoas são vítimas da Síndrome de Burnout. De acordo com uma pesquisa do PMI (Project Management Institute América Latina) as mulheres têm uma taxa de esgotamento de 46%, enquanto os homens têm uma taxa de esgotamento de 37%, sendo que 48% dos indivíduos com menos de 30 anos correm maior risco de burnout, em comparação com 40% daqueles com 30 anos ou mais.

O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de países com mais casos da doença, perdendo apenas para o Japão, conforme relatório da International Stress Management Association (Isma-BR – 2021). 

Prevenir é melhor do que remediar

Segundo a médica psiquiatra e professora do Puravida PRIME Laís César, o verdadeiro tratamento do Burnout é a prevenção. Para isso, ela defende que o primeiro passo é a conscientização sobre o assunto para que, então, fiquemos ainda mais atentos e nos questionemos se estamos negligenciando ou priorizando demais o trabalho. 

Na sequência, é necessário desenvolver estratégias que diminuam o estresse e a pressão.  

Evitar pessoas tóxicas, que reclamam o tempo todo, está entre as formas de se blindar emocionalmente no dia a dia.  Como nem sempre essa possibilidade existe, a sugestão é equilibrar a rotina aumentando o contato com as pessoas que são importantes para você.  

Conversar com amigos e familiares ajuda, inclusive, a compreender se o cansaço que você está sentindo pode estar além do esperado para a rotina de trabalho.  

Definir pequenas metas na vida profissional traz leveza ao cotidiano e alterna o foco do estresse para a realização pessoal.  

“Cuidar do sono, praticar atividade física diária, aumentar o tempo de dedicação à família e aos amigos, tirar férias, desconectar do trabalho têm grande importância”, lista a especialista.

O autoquestionamento também é essencial. “Pergunte o que te dá mais realização, depois pense na atividade que mais tem sugado sua energia e pense se isso pode ser alterado de alguma forma”, sugere.  

A especialista recomenda que você não se sinta preso a um trabalho que fazia sentido para você há cinco anos, mas que hoje não faz mais. “A vida é movimento, transformação, e nós também”, pondera.  

Crie estratégias de bem-estar. Fortaleça as relações que já existem e também construa novas amizades, não apenas no ambiente de trabalho, mas em outros núcleos da vida. E, a qualquer desconfiança de que algo não vai bem dentro de você, procure a ajuda de um especialista.  

A especialista Tatiana Pêgo também adiciona como prática preventiva do Burnout realizar uma tarefa nova que tem adiado – pode parecer o oposto da anterior. Fazer algo que está adiando ajudará você a se sentir uma pessoa competente, capaz, gerar a sensação “eu consegui” para o seu cérebro, e com isso ficar mais motivada”.

Mas, se ao ler todas essas sugestões você perceber que não consegue mais aplicar essas mudanças na sua vida, é mesmo o momento de buscar ajuda profissional, antes que seja tarde. 

O Burnout pode acabar não só com a sua vida profissional, mas também seu relacionamento amoroso e atacar sua autoestima. Portanto, cuide-se, esforce-se para lutar pelo seu bem mais precioso que é a vida!

Autor Julianna Santos

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Também é certificada em Inbound Marketing pelo HubSopt Academy.

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