Museu da Vagina

O primeiro Museu da Vagina do mundo é aberto em Londres

O primeiro Museu da Vagina do mundo acaba de ser inaugurado em Londres. E está determinado a acabar com o estigma, destacar a saúde do colo do útero e promover os direitos feministas e inclusivos.

A imprensa Londrina comemorou com entusiasmo e um certo tom de sarcasmo a abertura  do primeiro Museu da Vagina do mundo.

Mesmo antes de abrir neste último sábado, 19, já tinha atenção mundial, incluindo uma piada no Late Night com Seth Meyers . “O primeiro museu de vagina do mundo está sendo inaugurado em Londres… Homens são permitidos, mas não sabem o que fazer quando chegam lá.”

Mais voltado a educação do que a excitação, o Museu da Vagina está em construção há dois anos. E foi fundado por Florence Schechter, 28 anos.

Em 2017, ela soube que havia um museu do pênis na Islândia , mas nenhum museu da vagina em qualquer lugar do mundo.

O museu do pênis contém 280 espécimes de animais. O Museu da Vagina, com financiamento coletivo, não. Não há fachada de sex shop e nem sinais de néon. Antes, está localizado ao lado de uma loja que vende brinquedos fofinhos.

Seus objetivos são acabar com o estigma, destacar a saúde do colo do útero e promover os direitos feministas e inclusivos. 

Mais intimista, o museu é um quarto com paredes de tijolos expostos e piso de madeira. 

Para deixar tudo explicadinho

A primeira exposição do Museu da Vagina é Muff Busters: mitos da vagina e como combatê-los . E compreende fileiras de quadros coloridos declarando mitos ao lado do fato correspondente. 

Começando a definir a vagina não como a “genitália externa inteira, mas a área interna entre a vulva externa e o colo do útero”.

 
 

Outros mitos incluem “Ducha com Coca-Cola depois do sexo impedirá a gravidez”

“A maioria dos museus foi feita por homens brancos, ricos e carecas nos anos 1800. Eles pensavam uma exposição do tipo: vamos roubar algumas coisas da África, colocá-las em um prédio e fingir que é uma coisa muito boa. Este museu não é baseado em uma coleção, é sobre compartilhar uma história em particular”, disse Schechter ao Daily Beast.

Aceitação do público

Na primeira manhã em que foi aberto no fim de semana, multidões de pessoas se amontoaram em frente a pranchas.

Schechter pretende realizar duas exposições por ano. E quer abranger “tudo”, da saúde feminina a fatos sobre vaginas de animais (que ela já coleciona uma quantidade surpreendente  e está admirada com a hiena, que tem um clitóris muito longo).

“ Gostaria que as pessoas deixassem o Museu da Vagina sabendo que não há nada para se envergonhar. Quero me livrar do estigma, para que possamos começar a progredir em direção à igualdade de direitos e proteger as mulheres em todo o mundo”, afirma.

O programa imediato apresenta o Bajingo Bingo (em vez de números, você deve ouvir fatos e mitos sobre a vagina).

Além de um clube de leitura mensal de “cliteratura” (o primeiro livro é Eu sei por que o pássaro enjaulado canta por Maya Angelou). 

O museu também marcará o Dia da Recordação dos Transgêneros (em memória de pessoas trans que foram mortas em casos de violência anti-transgêneros). 

Schechter pretende discutir no museu tudo relacionado à vagina – estupro, abuso doméstico, prazer.  E espera levar um pop-up também para os Estados Unidos para tratar de suas leis de aborto “atrasadas”. 

Para ajudar a causa, os visitantes são incentivados a começar com um kit de clitóris em croché. Ou também podem optar a enviar um cartão postal de uma vulva, disponível na loja de presentes e online. 

“Seja a mensagem”, exorta o museu, “inicie uma conversa”. Ninguém está com disposição para pornografia agora.

O Museu da Vagina , em Londres NW1, está aberto das 10h às 18h, de segunda a sábado e das 11h às 18h aos domingos. A entrada é gratuita .

Entre com seu email para receber as atualizações:

Desenvolvimento FeedBurner

 

Autor Julianna Santos

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Também é certificada em Inbound Marketing pelo HubSopt Academy.

LEIA TAMBÉM

dismorfia-corporal

Como a busca pela estética pode evidenciar a dismorfia corporal

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), ou dismorfia corporal, é caracterizado pela distorção na percepção do indivíduo a respeito de sua aparência, gerando uma preocupação excessiva com um ou mais defeitos ou falhas em sua aparência física que não são observáveis, parecem leves para os outros ou sequer existem. Saiba mais aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verified by ExactMetrics