homens-cuidando-da-beleza

72% dos homens brasileiros declaram cuidar da própria beleza

Estudo aponta que os homens estão mais convictos de que adotar hábitos de vaidade não interfere na masculinidade

Ocupando a segunda posição no ranking de países que mais oferecem produtos de beleza e cosméticos, o setor representa 4% do PIP nacional, conquistando a cada ano mais atenção do público masculino brasileiro. É o que mostra a segunda edição do estudo Cosmentology®, realizado pelo Grupo Croma, ao qual 72% dos homens brasileiros declaram cuidar da beleza e que esse hábito não é apenas “coisa de mulher”. Número consideravelmente maior que a primeira edição do estudo, realizada em 2018, que apontou que 34% dos homens brasileiros se preocupavam com sua própria vaidade.

Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma e idealizador do estudo, afirma que o interesse do público masculino por itens e por autocuidado pode significar um avanço para todo o mercado: “O cenário cria oportunidades para toda a economia e estimula o empreendedorismo no Brasil. Os homens cada vez mais têm se preocupado com a sua própria estética. Isso revela maior aceitação deste público com questões que antes eram considerados tabus ou pertencentes apenas ao universo feminino. Fato importante que revela uma transformação de padrões comportamentais e na relação de homens com marcas do segmento”.

Um dos tabus que o estudo mostra que está sendo superado é o fato de que cuidar da beleza e de usar cosméticos não afeta a masculinidade. 71% dos entrevistados afirmam que “podem chamar do que for, mas cuidar da beleza não me deixa menos homem” e 68% declaram que “sou homem e não tenho vergonha disso”. Diversas discussões vieram à tona em relação a vaidade masculina, como procedimentos estéticos, harmonizações e autocuidado que ganhou as redes sociais como “skincare” e depilação.

Porém, o estudo também mostra que o número de homens que “se cuidam e não saem por aí falando” aumentou. Em 2018, 38% dos entrevistados afirmaram não sentir a necessidade de sair falando dos tratamentos realizados. Atualmente, a porcentagem alcançou a casa dos 53%.

Para o mercado já existente e novos empreendedores no segmento, os investimentos por parte dos homens em produtos e serviços cresceu; 36% dos respondentes declaram que investem o que for preciso para ficar mais bonito, enquanto em 2018, esse número foi de apenas 15%.

Quais as marcas e produtos preferidas dos homens?

O Boticário e Natura são as referências em cuidados para a beleza masculina e as marcas mais lembradas pelos brasileiros. Seguidos de Avon e Nívea que surgem como alternativas às marcas líderes. Homens entre 40 e 49 anos são os que mais lembram das marcas líderes, já entre os mais jovens, Avon parece ter um alcance maior, e Nívea se destaca entre os mais velhos.

Entre os produtos mais procurados pelos homens estão perfumes e colônias, 86% dos entrevistados pretendem usá-los nos próximos 12 meses, na sequência o autocuidado com cabelos aparece 84% da preocupação do público masculino, o interesse por barbearias também cresceu, 78% pretendem ir a barbearias no mesmo período e 76% usar produtos específicos para barba.

Crédito: Infográfico Cosmentology – Grupo Croma

O autocuidado com o corpo foi um dos hábitos que mais creceu desde 2018. De acordo com o estudo, há 6 anos, 56% tinham a intenção de manter este hábito nos próximos 6 meses e, agora, 75% dos homens afirmam isso.

Entre homossexuais, esta intenção é ainda maior e atinge 82%. Dois terços não têm vergonha de afirmar que são clientes de salões onde cuidam das mãos, pés e cabelos, algo que era admitido por pouco mais da metade dos respondentes. 55% dos homens pretendem usar manicures, pedicures ou podólogas nos próximos 12 meses.

Quais serão as tendências para os próximos anos?

Com o resultado do estudo Cosmentology, novas tendências foram apontadas e são destaques entre os homens como a masculinidade não normativa é o principal, aumentando o interesse e adoção de práticas anteriormente consideradas mais femininas como o cuidado com o cabelo e com a pele, além de maquiagem. Constata-se que é um mercado lucrativo, com maiores ofertas e a variedades de produtos, incluindo marcas independentes.

O poder dos influenciadores masculinos nas redes sociais normaliza e incentiva cuidados com a beleza, incluindo rotinas de autocuidado, dicas de maquiagem e recomendação de produtos. Há o aumento de barbearias, lojas e serviços especializados para o público masculino ofertando modernidade e tratamentos híbridos para cabelo e pele.

Os homens estão cada vez mais confortáveis em cuidar da aparência como parte da apresentação pessoal e o assunto é cada vez mais frequente – seja em um grupo de amigos, entre a família ou na internet – incluindo exemplos de homens que desafiam normas tradicionais de gênero.

“O estudo reflete o maior interesse dos homens pelos cuidados da estética corporal e do rosto. Homens se sentem mais confortáveis em cuidar da aparência para se apresentarem melhor no ambiente corporativo ou casual. É importante lembrar que este é um assunto que domina cada vez mais o debate acerca dos cuidados estéticos, incluindo exemplos de homens que rompem barreiras impostas socialmente que estão comumente vinculadas às normas tradicionais de gênero. A relação desses indivíduos com essas marcas revela maior interação entre o mercado e o público masculino”, conclui Bulla.

Autor Julianna Santos

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Também é certificada em Inbound Marketing pelo HubSopt Academy.

LEIA TAMBÉM

segredo-do-casamento-duradouro

Segredo para casamentos duradouros

Com os anos de relacionamento, não é incomum que todo aquele encanto, a alegria, o prazer de estar com a pessoa amada enfraqueça, diminua, encolha e desbote. Em outras palavras, a conexão vai se perdendo. E, com ela, a intimidade. Continue lendo o artigo de Déa Jório e Jal Reis aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verified by ExactMetrics